Panapaná (Galldino)



Leve menina
Se liberta
Do zulu casulo
De repousar

Silenciosa
Quer se mostrar
A vaidosa
A voar

Imantar os meus anseios
Da dor das asas negras da borboleta
O espelho de amores que expiram cedo
A folha a corredeira leva
A árvore não cairá

O derradeiro-primeiro
Dia que há
Breve, atreve
Terminar no principiar

Borboleteio,
Lhe almejam emoldurar
Dança na fuga
Pra ver o seu único luar
Nas mentes resignada fé
Obscurecer e couraça
Causava tremor, alívio e inanição

Cantava aos brados de pé
Hinos à própria mordaça
Era a obsolescência
Que lhe negava

Bem no fim do léu
Surge um beleléu
Mas o antigo neo
Despiu-se do véu

Acertando teens?
Recriando sins?

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